quinta-feira, 30 de setembro de 2010

"Ferido de insônia e criação
E por isso uiva, e canta...
Dançante sobre as pedras do abismo que é
Ser real demais."
Depois outro me disse que tenho asas caídas , que estavam crescendo quando eu achei que elas iam me levar ao chão...
Hj, confesso que perdida;
confesso que mais triste;
confesso que um tanto quanto insegura.
Sou o assado que queria ser frito.
O morno que queria ferver...
o que me impede de fato sou eu.
é o sangue que talvez não esteja pulsando.
É a arte que não morreu em mim ,mas esta escondida num lugar que doe.
é o querer bem estar do próximo , esquecendo que só conseguirei tal coisa com o meu próprio inteiro.
Estou ferida talvez ...
Desacreditada...
Sem uma mão forte que eu confie de olhos fechados.
De mente aberta ...
De olhos mais abertos ainda...
de coração quente e doido...
De ar difícil de respirar...cada dia mais denso.
Quero transformações ...inovações pulsos mais fortes!
Quero sentir mas não sei por onde começar ...
O que me falta mesmo é um ponta pé que não sei quando irei dar , nem onde.
Estou a espera de não sei o que...
com não sei quem...
Estou murchando enquanto isso...
Quero ficar hipertônica novamente ...(nunca achei que usaria isso em algum lugar , a não ser no vestibular , que por enquanto desisti).
Estou com tanta vontade.
Estou tão confusa que nem sei mais por que de tanta confusão.
quero fazer logo pra parar de pensar nessas coisas , nessa vida que já não é minha, nesses problemas que já não são meus!
Não quero cobranças , quero ajuda sem o Ton ( com N mesmo) irônico.
Quero a felicidade plena novamente.
Quero chegar em casa e ter uma conversa gostosa com todo mundo...que mundo?
penso tanto!
já não enxergo mais tão bem , e então minha cabeça doe mais.
não sei se estou doente pq não fui procurar saber.
não sei se posso fazer as coisas pq simplesmente não fui atrás.
só sei que vontade eu tenho.
coragem tbm.
o que me mata talvez seja a preguiça , o abandono , os problemas , a tristeza , as preocupações , o maldito dinheiro . Coisas que eu não poderia estar me preocupando tanto e que me matam.
Meu cabelo cai mais a cada dia.
O que anda me salvando é apenas , exclusivamente e somente é o amor.

terça-feira, 27 de abril de 2010

e então , muda!
cada vez mais falante.
síntese de pensamentos , como as das proteínas na chatissima biologia.
essa transição/metamorfose .
esse desconforto tão confortável , ali . bem perto. cada vez mais perto.e sempre querendo perto.
os costumes adquiridos.
a rotina de volta , em volta.
o sentido contrário da busca.
não falo mais em medo. todas as coragens aqui . bem aqui.
as obrigações insuportavelmente surtantes.
as notas harmonicamente misturadas.
o sono picado.
a madrugada pensante.
o dia morno sem sal.
a manhã não vivida de pura preguiça.
as quase surpreendentes pessoas.
os 2 reais diários mais mal gastos que tive.
as certezas mais incertas e deliciosas.
tantas saudades...elas se transformam em lembranças ( medo).
fatorialmente vivo!
contagens regressivas.
penso sem querer mais pensar.
logo existo.

domingo, 28 de março de 2010

(...)Respondo que ele aprisiona, Eu liberto, Que ele adormece as paixões e eu desperto, E o tempo se rói com inveja de mim, Me vigia querendo aprender, Como eu morro de amor pra tentar reviver(...)
"O que me causa espanto e muito encanto, claro, é que Coiote revela nitidamente nunca ter sido vitimado pela repressão. A energia que vinha dele parecia pura e direta... 'louca', mas terrivelmente fascinante e perturbadora. Teoricamente, eu sabia que era possível existirem pessoas assim... esquizofrênicas em estado puro... intocadas... inteiras" Coiote
"Eu vou me acumulando,me acumulando,me acumulando - até que não caibo em mim e estouro em palavras."

domingo, 14 de março de 2010

Porque eu tenho medo de altura. Tenho medo de cair para dentro de você. Há nos seus olhos castanhos certos desenhos que me lembram montanhas, cordilheiras vistas do alto, em miniatura. Então, eu desvio os meus olhos para amarrá-los em qualquer pedra no chão e me salvar do amor. Mas, hoje, não encontraram pedra. Encontraram flor. E eu me agarrei às pétalas o mais que pude, sem sequer perceber que estava plantada num desses abismos, dentro dos seus olhos.

quarta-feira, 3 de março de 2010

temperamentostemperadosdetempo!
surtadoscontados.
com gosto de nada,sólido de gota em gota.
axii medodeque?!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Num confronto me liberto do que há de mais real.do q mais sentido me faz sentir. .deixo-me então, levada pelas evidencias sem controvérsias. Fatos/acasos ou não.impressões.sentidos.intuições.e quase provas.mesmo querendo o não.já talvez queira sim.mesmo pq quando me deito já não penso tantas belezas.já vejo além.e sim são essas mudanças q me fazem acreditar q nada se transforma.levo-me então pra outro espaço.onde além de sonhar ,vejo.e além de ver ,sinto.agora sem vendas dadas, mas sim escolhidas, pra uma solução mais fácil e cômoda, comofaz?
Devaneios talvez mais sãos .confesso q cansada e sei a tal esperança foi cultivada a tempos,com um cuidado extremo do medo da perda.então quando não se pode colher após o cultivo , deixe q outros plantem .reflexões me fazem ver q quando adiado demais nem sempre o gosto é melhor..se não for mantido em sal grosso.agora mesmo com muito sal...talvez salgue demais e o gosto final seja alterado.o centro de meus versos ainda pode ser o mesmo.mas desejo com toda força q mudem homeopaticamente , mas finalmente mudem! O banho maria talvez só sirva pro chocolate ,q me faz chorar mais num dia intenso de TPM .o filtro dos sonhos talvez filtre o necessário.mas quando se tem em excesso precisa-se filtrar mais q uma ,duas vezes.depende da força.da profundidade.do condensado.do antigo q vira velho.das mãos usadas demais.da pureza já não casta.do egoísmo mesmo q artista.de versos tomados de outros centros se não o meu.a liberdade.aquela q eu tenho.não é assim!

domingo, 28 de fevereiro de 2010

É preciso estar sempre embriagado. Aí está: eis a única questão. Para não sentirem o fardo horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso. Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se. E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar, pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: "É hora de embriagar-se! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso".
Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.

Charles Baudelaire